Recomendações oficiais da SRF

PONTOS IMPORTANTES PARA OS QUE SERVEM COMO RECEPCIONISTAS E ORIENTADORES

Os que servem nos centros, grupos de meditação e círculos de meditação da Self-Realization Fellowship têm o privilégio e a responsabilidade de estender o espírito de amizade divina de nosso Guru a todos os que chegam. “Um dia éramos estranhos”, disse Paramahansaji, “mas quando amamos a Deus, tornamo-nos irmãos e irmãs”. É com essa consciência que queremos servir as pessoas em nossos centros, grupos e círculos de meditação – recebendo-as como parte de nossa família espiritual, sejam novas no caminho, membros antigos do grupo, ou devotos vindos de outras cidades e países como visitantes.

É natural que desejemos conservar o sentimento de paz, antes e depois de um ofício de meditação, e evitar conversas. Entretanto, os recém-chegados podem interpretar tal silêncio como frieza, falta de cordialidade ou simples indiferença. Por essa razão, muitos grupos e centros contam com orientadores e recepcionistas, com a responsabilidade específica de dar as boas-vindas e assistência aos que vêm para os serviços. Nos círculos e pequenos grupos de meditação, um dos dirigentes ou leitores de serviço deve assumir essa responsabilidade, sempre que for necessário. As seguintes sugestões oferecem alguns princípios básicos, úteis aos que servem nessas funções:

“O hóspede é Deus”

Um ditado na Índia diz: “O hóspede é Deus”. É um belo pensamento que deve ser aplicado em nosso serviço – considerar cada membro da congregação como um hóspede e servir a Deus nessa pessoa. Será, então, natural sentir as necessidades dos outros e tratá-los como você próprio gostaria de ser tratado.


Amizade discreta

Muitos recém-chegados recebem do orientador [usher] ou da pessoa incumbida da recepção [greeter] sua primeira impressão da Self-Realization Fellowship. Assim, é importante que aqueles que servem nessas posições cumprimentem a todos, calorosamente e com um sorriso. Suas palavras e ações devem ser gentis e equilibradas, expressando amizade e tranquilo entusiasmo, que farão todos sentirem-se bem-vindos.

Servir de exemplo

Lembre-se também de que, quando o devoto serve em cargo oficial em um centro ou grupo de meditação, o seu exemplo transmite aos outros membros uma mensagem a respeito dos ensinamentos, dos ideais e do modo de vida que estes sustentam. Trata-se, em parte, de uma questão de simples cortesia e sinceridade, em sua interação com os outros – por exemplo, falar dos colegas sempre de um modo respeitoso. Envolve também uma atitude de lealdade e apoio em relação ao grupo e seu objetivo, contribuindo, com sua própria concentração em Deus e nestes ensinamentos, para a focalização espiritual do grupo como um todo.

Vigilância e atenção

Uma das responsabilidades dos orientadores e dos recepcionistas é estar alerta e ciente do que acontece a seu redor, de maneira que estejam prontos para agir com tranquilidade, sempre que houver necessidade. Isso compreende ocupar-se de emergências médicas, ajudar as pessoas idosas a sentarem-se e assim por diante. Quando estiverem em serviço, devem evitar longas conversas, envolver-se socialmente com outros orientadores ou recepcionistas, ou permitir que alguém monopolize sua atenção, devendo, contudo, estar preparados para servir quem quer que possa precisar de assistência.


Aparência

O traje deve estar limpo, arrumado e ser conservador. (Entretanto, isso não significa que a pessoa deva parecer antiquada ou cafona!) Os orientadores e o pessoal da recepção devem observar as normas para se vestir, sempre que estiverem participando de reuniões em grupos da SRF, estejam em serviço ou não. Boa aparência e conduta constituem expressões de reverência a Deus e de respeito ao centro ou grupo de meditação como templo de Deus.

Preparação

A melhor maneira de preparar-se para servir em um grupo ou centro é meditar com antecedência e praticar a presença de Deus. Quanto mais se esforçar para servir com desinteresse, percebendo que Deus é o Autor, tanto mais o ilimitado amor Dele fluirá através de você para os outros.

A responsabilidade principal dos orientadores e dos recepcionistas é servir a congregação (e especialmente os recém-chegados) com sincero entusiasmo e cordialidade, afável hospitalidade, cortesia, respeito e tranqüilidade interior – dando exemplo dos ideais de nosso Guru e refletindo seu espírito de serviço e amor divino para todos.


Informações gerais

Nos centros e grupos de meditação maiores deve haver um devoto encarregado de treinar os orientadores e programar os horários de cada um. O orientador-chefe deve ser encarregado de abrir a capela e coordenar o trabalho dos outros orientadores em cada serviço.

Cada orientador deve estar a par do seguinte:

  1. Controle da iluminação, do som e da ventilação.

  2. Informação sobre as reuniões: datas e horários dos serviços, horário de funcionamento da livraria, eventos especiais, etc.

  3. Localização das instalações (sanitários, bebedor de água, telefone público, etc.).

  4. Medidas de emergência, incluindo o fechamento de água, desligamento de gás e eletricidade; localização e funcionamento dos extintores de incêndio; endereço do hospital mais próximo; e números dos telefones de emergência.


Procedimentos

Abaixo estão algumas diretrizes gerais para os orientadores, podendo cada centro ou grupo adaptá-las às suas necessidades particulares.

  1. Preparação da capela. A limpeza e a arrumação da capela devem ser feitas regularmente, passando-se o aspirador de pó e realinhando-se as cadeiras. (Geralmente, a limpeza é feita por outros devotos antes da chegada dos orientadores.)

  2. Assentos. A prática normal é encaminhar os membros para que preencham os assentos vagos na frente da capela; entretanto, é claro que quem quiser escolher outro lugar de sua preferência poderá fazê-lo.
    Sinais de mão podem constituir-se em uma valiosa ajuda para o orientador. Um orientador na frente da capela pode comunicar-se, com facilidade e discretamente, com outro orientador nos fundos, usando sinais de mão para avisar quantos lugares ainda restam e assim por diante.
    Geralmente, ninguém deve entrar na capela durante o período de oração ou de meditação silenciosa. Se recém-chegados fizerem perguntas a respeito disso, o orientador poderá, com um gesto, chamá-los de lado, amavelmente (fora do alcance auditivo dos devotos na capela) e explicar que é melhor entrar quando o período de silêncio terminar, a fim de não perturbar os que já estão mediando.
    Os deficientes físicos devem receber ajuda, a fim de que suas condições, na medida do possível, não prejudiquem sua capacidade de desfrutar do serviço. Pessoas com problemas auditivos ou visuais devem sentar-se na frente (ou perto de um alto-falante). Deve-se oferecer sempre um assento no corredor àqueles que usam cadeiras de rodas, muletas ou bengalas. As pessoas idosas também apreciam receber ajuda – por exemplo, oferecer o braço a uma senhora e levá-la até o assento.

  3. Ofertório. Se houver ofertório, normalmente é conduzido por dois ou mais orientadores, no final do serviço. Os orientadores fazem circular em silêncio as cestas de ofertório, respeitando a privacidade das pessoas no momento em que cada uma oferecer seu donativo. Depois da coleta, o ofertório pode ser colocado sobre uma mesa ou cadeira para contagem. (Observe, por favor, que em virtude de ser uma oferenda para Deus, jamais é colocada no chão.)

  4. Após o serviço. Ao terminar o serviço, os orientadores devem estar atentos, especialmente para as necessidades dos idosos ou deficientes, que podem precisar de ajuda.


Seminários [workshops] dos orientadores

Os centros e grupos de meditação poderão realizar reuniões regulares, de modo que todos os orientadores possam rever os ideais de serviço de Guruji e as normas de procedimento em vigor. Essas reuniões também ajudam a criar camaradagem e trabalho de equipe, importantes para manter um ambiente amigável, descontraído e seguro para os que frequentam os serviços.


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